domingo, 20 de março de 2011

Tortura.

Domingo é dia de acordar, comer um grude espetacular e ir pro Pacaembu. Era; doces lembranças do período que eu morava em São Paulo, e tinha este hábito.
Hoje em dia, distante da capital do estado, a rotina do domingo alvinegro é muito mais tortuosa: acordar, limpar a cozinha, comer um grude qualquer e passar por bons momentos de tortura entre web rádios com 3 ou 4 minutos de atraso em relação ao jogo, links virtuais (gatos) que já desisti de acessar a uns 5 jogos, ou mesmo tortuosamente torcer para que a sintonia AM do rádio funcione tanto quanto o nosso ataque.
Estou falando de tortura, no mais, torcer para o Corintias é este sofrimento inexplicável, e até desejável, por vitórias complicadas e apertadas, como foi hoje, como foi semana passada, e como será sempre, porque aqui é Corintias!
Vai Corintias!

sexta-feira, 4 de março de 2011

Geografia.

Quando frequentava a escola como aluno da oitava série do ginásio (frequentava, não se pode dizer que eu era um "estudante" nos moldes tradicionais da palavra), já tinha preferência por estabelecer relações e proximidades mais com professores do que com meus colegas. Um destes professores, próximo de mim, era o de Geografia: um homem alto, de sotaque interiorano e voz grossa; falava alto sobre os planaltos, as planícies, etc.

Grande parte da minha proximidade para com ele se dava por conta do Corintias, que nos permitia longas conversas e, também, momentos emocionados, como uma segunda feira em que vibramos um título estadual, e, negativamente oposta, uma quinta feira em que nenhum dos dois tinha pique para existir após outra eliminação.

Final de algum bimestre e teríamos uma daquelas provas cheias de folhas recheadas com questões, e fui para a escola sem o meu estojo, tive que recorrer ao clássico grito de ow, alguém tem uma caneta pra emprestar? E fui respondido com o empréstimo de uma inocente caneta verde, com a qual respondi toda a prova.

Algum tempo passou e o professor nos devolveu as provas corrigidas e com as respectivas notas; a minha, no caso, veio acompanhada de um bilhete, mais ou menos assim:

Gabriel, parece-me que você tem andado muito pelos lados da Avenida Sumaré com a Rua Turiassu, e o ar desta região tem lhe infectado: onde já se viu, responder uma prova inteira com caneta verde?

Professor de verdade, é aquele que ensina sobre a vida; e Corintias!